segunda-feira, 16 de maio de 2016

O TWITTER COMO AMBIENTE DE DEBATE

Do Geekie

A professora Monica Rankin, da Universidade do Texas em Dallas, ficou conhecida nos Estados Unidos há alguns anos por usar o Twitter com seus alunos na sala de aula. “Eu acho que é absolutamente essencial que os educadores considerem novas abordagens e novas tecnologias em sala de aula. Estou sempre reavaliando minhas próprias estratégias de ensino para estar em um estado constante de criação e recriação”, afirmou ela. Apesar de sua turma ser composta por estudantes universitários, a sua história fornece boas ideias para turmas de outras idades. Monica usou o Twitter durante um semestre, em 2009, para suas aulas de História na universidade. A turma era composta por 90 alunos e os encontros aconteciam em um auditório grande, três vezes por semana - no entanto, trabalhar nesse espaço era limitador. “A maioria dos educadores concorda que ter turmas grandes em auditórios limita as opções de ensino a palestras”, explicou. “E a maioria dos educadores também concorda que essa não é a maneira mais eficaz de ensinar”. A solução encontrada pela professora foi dividir o tempo entre as aulas expositivas - duas vezes por semana - e a ‘experiência Twitter’, como nomeou o projeto, nas sextas-feiras. Nos dias da atividade, Monica disponibilizava materiais online relacionados às palestras da semana e indicava perguntas que gerariam reflexão acerca dos temas. Então, aplicava um questionário e, após o teste, começavam as discussões via Twitter. Para aumentar o engajamento, a professora deu aos alunos hashtags especiais para usar em todos os seus comentários. As hashtags, além de serem uma linguagem compreensível para os estudantes, ajudam a agrupar os tweets por tema e período. Toda semana, havia novas tags e “para acompanhar nossas discussões semanais, usamos uma ferramenta chamada TweetDeck, que permitia criar colunas diferentes para cada hashtag”. O TweetDeck é um aplicativo de gestão do Twitter, como um navegador de internet, que integra e organiza as mensagens do usuário em várias redes sociais. Logo a turma percebeu que o Twitter, por si só, não proporcionaria todo o aprendizado que buscavam. Entre tentativas e erros, a melhor experiência foi quando os alunos se organizaram em pequenos grupos para discutir o material e então, em conjunto, fizeram as postagens. Isso também permitiu que Monica circulasse pela sala e desse atenção focada em alunos individuais ou equipes: “Percebi que as discussões eram mais produtivas quando eu me fazia disponível para comentários, sugestões, perguntas e outros feedbacks diretos. Enquanto isso, eu tinha uma assistente monitorando a discussão pela internet”. Esse contato foi tornando mais fácil identificar limitações e definir o que precisava ser modificado no projeto. Como a plataforma só permite textos breves (de até 140 caracteres), a turma de História foi instruída a postar mais de um tweet para desenvolver ideias com mais detalhes. Ao fim da aula, todos os alunos se reuniam para sanar dúvidas e processar os resultados do encontro - nesse momento, a professora selecionava os comentários mais relevantes, com o botão “like”, para que fossem discutidos coletivamente.

TWITTER À BRASILEIRA

 Em uma escola de idiomas de São Paulo, alunos entre 8 e 13 anos praticaram o inglês com a campanha ‘Celeb Grammar Cops’ (em tradução livre, “policiais da gramática de celebridades”). As crianças checaram o Twitter de celebridades norte-americanas procurando por erros. Quando os achavam, respondiam o tweet com uma foto deles e a correção! Como muitos dos estudantes eram novos demais para ter a própria conta na rede social, as postagens foram feitas pelo perfil da escola. Além de praticar a escrita, a ideia por trás da atividade era que os alunos percebessem que nem tudo o que leem em inglês está correto, principalmente na internet e em letras de música.


• Na sua linha do tempo (a ‘timeline’), alunos e professores podem postar textos, imagens, vídeos e links, desde que eles não ultrapassem 140 caracteres. Para economizar espaço precioso, é possível usar ‘link shorteners’ (algo como “encurtadores” de links), que reduzem o link original para que ele caiba na sua publicação.
• Encontre outros perfis interessantes para seguir, dependendo do tema a ser investigado em sala de aula. Todos os grandes sites de notícias estão no Twitter, por exemplo. A partir do momento em que você clicar em ‘follow’, todas as atualizações postadas por eles aparecerão em sua página inicial em ordem cronológica.
 • Use os recursos ‘retweet’ para compartilhar o tweet de outro usuário e ‘reply’ para enviar uma resposta que aparecerá na linha do tempo de ambos. Para mencionar outra pessoa, basta escrever @ antes do nome de seu perfil no Twitter; ela será marcada e vai receber o comentário na timeline.
• As hashtags são palavras ou frases chave, escritas sem espaços e com o sinal # na frente. Elas servem para reunir conversas sobre um mesmo tema e têm muita força para criar conteúdos virais. As hashtags mais utilizadas aparecem na lista de Trending Topics (as tendências) do Twitter - é possível configurar os Trending Topics para saber o que está sendo falado na sua região, no país ou no mundo. Ótima maneira de gerar debates sobre atualidades entre os alunos!

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