As nações do Oriente
dirigidas pela China e pela Índia vão ultrapassar o Ocidente em
relação ao crescimento, inovação e renda. Em termos de capacidade
de projetar uma potência militar. A união forçada entre Estados
Unidos e a Europa constitui a principal carta que resta para conter
os países emergentes.
Eis o surgimento do
Grande Mercado Transatlântico, sigla GMT.
O engajamento contra o
Grande Mercado Transatlântico não deve ter como alvo os Estados
Unidos. O objetivo da luta é simultâneo amplo e ambicioso. São os
novos privilégios que os investidores de todos os países reclamam
que podemos pensar na crise econômica que eles provocaram. É uma
batalha planetária que pode consolidar solidariedades democráticas
atualmente estão em atraso em relação às que existem entre as
forças do capital.
A regra se aplica ao
protecionismo e ao progressismo tanto quanto à democracia e à
abertura das fronteiras. Historicamente, Napoleão III casou o estado
autoritário e o livre-comércio quase no mesmo momento onde os
Estados Unidos, o Partido Republicano pretendia se preocupar com os
operários americanos a fim de melhor defender a causa dos ''barões
voadores'' do aço, que mendigavam proteções alfandegárias.
Um século depois, a
posição internacional dos Estados Unidos se transformou e
democratas e republicanos brincam de quem vai cantar a serenata. Foi
Bill Clinton tomou a dianteira graças a um discurso destinada a
promover o Tratado Norte-Americano de Livre comércio conhecido com a
sigla Nafta que seria votado mais tarde com a justificativa que ''a
cidade global alimentou o desemprego e os baixos salários
norte-americanos''. Desde essa época os diversos ''rounds'' de
liberalização de trocas internacionais já fizeram cair a média
dos direitos de alfândegas de 45% em 1947 para 3,7% em 1993 mas com
sanções comerciais contra Cuba. É claro.
Dez anos depois de
Clinton, o comissário europeu, Pascal Lamy socialista francês que
depois se tornou dirigente da Organização Mundial do Comércio
retomou a ideia ''a abertura das trocas caminha na direção do
progresso da humanidade'' mas no passado os mercados chineses se
abriram não graça à convicção do iluminismo e sim na carona dos
navios de guerra, das guerras do ópio. Nessa mesma perspectiva o
presidente americano Barack Obama dá continuidade ao credo do
livre-comércio das transnacionais norte-americanas-europeias. Na
verdade de todos os países para defender o Grande Mercado
Transatlântico.
Bibliografia
HALIMI, Serge. As
potências redesenham o mundo. Le Monde Diplomatique Brasil. Junho de
2014.
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