domingo, 22 de junho de 2014

Grande Mercado Transatlântico

As nações do Oriente dirigidas pela China e pela Índia vão ultrapassar o Ocidente em relação ao crescimento, inovação e renda. Em termos de capacidade de projetar uma potência militar. A união forçada entre Estados Unidos e a Europa constitui a principal carta que resta para conter os países emergentes.
Eis o surgimento do Grande Mercado Transatlântico, sigla GMT.
O engajamento contra o Grande Mercado Transatlântico não deve ter como alvo os Estados Unidos. O objetivo da luta é simultâneo amplo e ambicioso. São os novos privilégios que os investidores de todos os países reclamam que podemos pensar na crise econômica que eles provocaram. É uma batalha planetária que pode consolidar solidariedades democráticas atualmente estão em atraso em relação às que existem entre as forças do capital.
A regra se aplica ao protecionismo e ao progressismo tanto quanto à democracia e à abertura das fronteiras. Historicamente, Napoleão III casou o estado autoritário e o livre-comércio quase no mesmo momento onde os Estados Unidos, o Partido Republicano pretendia se preocupar com os operários americanos a fim de melhor defender a causa dos ''barões voadores'' do aço, que mendigavam proteções alfandegárias.
Um século depois, a posição internacional dos Estados Unidos se transformou e democratas e republicanos brincam de quem vai cantar a serenata. Foi Bill Clinton tomou a dianteira graças a um discurso destinada a promover o Tratado Norte-Americano de Livre comércio conhecido com a sigla Nafta que seria votado mais tarde com a justificativa que ''a cidade global alimentou o desemprego e os baixos salários norte-americanos''. Desde essa época os diversos ''rounds'' de liberalização de trocas internacionais já fizeram cair a média dos direitos de alfândegas de 45% em 1947 para 3,7% em 1993 mas com sanções comerciais contra Cuba. É claro.
Dez anos depois de Clinton, o comissário europeu, Pascal Lamy socialista francês que depois se tornou dirigente da Organização Mundial do Comércio retomou a ideia ''a abertura das trocas caminha na direção do progresso da humanidade'' mas no passado os mercados chineses se abriram não graça à convicção do iluminismo e sim na carona dos navios de guerra, das guerras do ópio. Nessa mesma perspectiva o presidente americano Barack Obama dá continuidade ao credo do livre-comércio das transnacionais norte-americanas-europeias. Na verdade de todos os países para defender o Grande Mercado Transatlântico.

Bibliografia

HALIMI, Serge. As potências redesenham o mundo. Le Monde Diplomatique Brasil. Junho de 2014.


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