quarta-feira, 27 de agosto de 2014

A fábrica e seus lugares



O professor Douglas Santos tem postado o no seu blog o Livro ''A Fábrica e Seus Lugares'': "Começar os estudos de Geografia pela fábrica não é, em princípio, grande novidade. O que esta unidade tem de novo é que não foi construída para ser uma substituta do livro de História. Muito pouco nos interessou discutir o surgimento da fábrica e os ciclos de tempo que identificam as diversas revoluções industriais a partir do século XVIII. O que nos interessou de fato foi a relação entre a forma e a localização que o processo fabril realiza e induz; e,  portanto, queremos mostrar como um processo se torna a base para os estudos da geografia do mundo.
O objetivo de ter como ponto de partida “a fábrica e seus lugares” é demonstrar a nossos alunos que todo processo social tem forma e localização, e, mais do que isso, que a própria ocorrência desses processos é condição para a mudança, interna e externa, dessas formas, ressignificando a relação
com os lugares.
Assim, juntando desenvolvimento técnico com expansão do mercado e redefinição locacional das plantas fabris, observamos que, para produzir, a fábrica precisa mudar sua geografia interna. Nesse processo, ela acaba por ampliar sua maneira de intervir nas formas e dinâmicas do mundo – isto é, define a dinâmica das mudanças na geografia do mundo.
Assim, evidenciando as dinâmicas associadas à implantação do taylorismo, do fordismo e do toyotismo,
a discussão em torno do processo produtivo desloca-se para a relação com o mercado e, dessa forma,
procura demonstrar, por meio do paisagístico e das mudanças culturais, como e por que a sociedade
fabril construiu e continua construindo uma geografia absolutamente singular.
Na continuação, vamos nos deparar com a relação entre fábrica, banco e constituição do capital financeiro, para, logo em seguida, evidenciar alguns aspectos relativos ao controle da técnica e da produção do conhecimento. Trata-se, portanto, de um grande exercício, que exige, a cada passo, a articulação
de um número cada vez maior de variáveis.
No final, a seção Pausa para pesquisa traz uma reflexão a respeito da circulação de mercadorias,
desde a produção até sua aquisição pelo consumidor final, e suas conexões com a juventude
nesses diferentes lugares. Na seção Outros olhares, reproduzimos uma entrevista com o geógrafo
uruguaio Marcel Achkar sobre os conflitos que ocorreram em Fray Bentos, na fronteira entre
Uruguai e Argentina. A entrevista nos trouxe a possibilidade de tornar as contradições do processo
fabril uma realidade mais próxima da imaginação
dos alunos.
A seção Preste atenção nos mapas toca em um tema delicado para eles: as coordenadas geográficas.
Abordamos ali os problemas que a incapacidade técnica de definir longitude trouxe para o processo de
expansão mercantil. A complexidade do tema e os problemas técnicos que estão a ele associados nos
obrigaram a dividir o assunto em duas partes, ficando a segunda para o final da Unidade 2.''
Este é o link: http://douglassangeografia.blogspot.com.br/ 


Nota:
Fonte da imagem (http://paisagenscontemporaneas.wordpress.com/)

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