As pesquisas são feitas utilizando técnicas de estatísticas de amostragens. Essas técnicas permitem que podemos, ouvindo pessoas no caso eleitores, conseguir com isso uma população muito maior. Para isso é necessário que haja uma representatividade na amostra de cada uma das principais características da população.
Isso dentro da própria obrigatoriedade no TSE e TREs para que uma pesquisa possa ser registrada e portanto é possível é uma técnica muito utilizada. Podemos ouvir três mil pessoas um pouco mais e um pouco menos dependendo de como sai o cálculo, que é o cálculo bastante apurado para que podemos chegar há um número de pessoas mas o mais importante dentro disso é que o plano amostral em relação ao sexo, idade, o grau de instrução, o nível econômico do entrevistado e mesmo como uma representatividade de trabalho a área rural, a área urbana, as cidades que vão sendo pesquisadas para que essa quantidade de pessoas sendo ouvidas que seja uma amostra representativa da população e portanto não é buscar de maneira aleatória qualquer pessoa mas dentro de uma característica que permita que essa amostra seja o reflexo em bem menor escala da população que está sendo estudada.
Normalmente os institutos IBOPE e DATAFOLHA são institutos bastante antigos e há outros, eles têm que seguirem alguns critérios que são obrigatórios para que a pesquisa possa ser registrada pois quando aparece na televisão vem informações de quem contratou a pesquisa, quem pagou pela pesquisa, o período de realização mas o detalhe, o nível de confiança, aqueles 95%, a margem de erro, os dois pontos colocado para cima e para baixo mas além disso normalmente na Justiça Eleitoral temos esse registro, esse restando dessa ponderação e da representatividade da amostra.
Existe uma técnica de amostragem estatística bastante apurada para que se possa fazer o cálculo do tamanho da amostra e que essa amostra, então aqui é o ponto mais importante, é que além do cálculo das três mil pessoas enfim, o importante é que temos uma representatividade da população. Por isso a pesquisa não pode ser feita numa única cidade, numa única região, não são buscada as pessoas de maneira aleatória mas a representatividade da população ou seja sexo, idade, nível de renda para que tenha dados que se aproxime das características da população como um todo.
As pesquisas feitas nas grandes capitais, nas grandes cidades, no interior do país também, cada instituto ali determina o seu problema de coleta de dados mas o ponto é, podemos imaginar, três mil pessoas, dentro de uma população de 200 milhões é comum, é fácil compreender que muitas pessoas nunca é visto fazendo uma entrevista, também é comum que as entrevistas sejam feitas em grandes pontos de concentração,o ponto é que quantos serão entrevistados uma pessoa passando na rua e não várias pessoas ou um grande fluxo de pessoas, que tem uma equipe de pessoas do IBOPE e DATAFOLHA fazendo a entrevista. Então é natural que o total de pessoas amostradas, muitas pessoas não tenha sido entrevistadas o que não significa que a pesquisa não tenha validade estatística.
Quanto as disparidades que acontecem, temos dois pontos importantes, o primeiro é que para fazer uma análise de uma pesquisa eleitoral é fazer uma análise horizontal, ou seja, fazer uma análise da tendência de cada candidato postulado ao cargo disputado e não apenas daquela específica.
Quando se analisa a tendência podemos apontar tanto no IBOPE quanto no DATAFOLHA a possibilidade dessa mudança de cenário. A pesquisa que foi apresentada no dia 4 de outubro tanto do DATAFOLHA quanto pelo IBOPE já começava a mostrar uma mudança de rumo quanto ao candidato pro-empresarial, Aécio Neves, passando a candidata do PSB, Marina Silva. É muito interessante que o resultado da pesquisa de Boca de Urna, o IBOPE já mostrava também, já na Boca de Urna, que Aécio Neves ficaria na frente de Marina Silva.
O fato interessante quando se analisa a Boca de Urna que no IBOPE mostrava 27% para Aécio Neves e 24% para Marina Silva falando em números redondos e não em porcentagens atuais, a eleição mostrou 34 e 21, é que no caso da pesquisa de Boca de Urna, ela tem que ser feita em torno das meio dia para que o instituto possa fazer apuração dos dados e divulgar os resultados antes da leitura das urnas. Aqui temos uma influência aleatória que pode trazer, não sabemos exatamente, de um movimento de um simpatizante de um candidato A ou do candidato B não ter ouvido naquele horário, e portanto temos uma característica que pode acontecer uma disparidade, o que não significa necessariamente um erro do resultado mas isso pode explicar um pouco a diferença do resultado final mas aqui realmente só entendendo quais foram as capitais, quais foram as cidades, como foram feito o processo para poder comentar com mais precisão a diferença da realidade, mas o fato é que as tendências já começavam apontar isso e talvez o próprio último debate da Rede Globo, na quinta-feira acabando na sexta-feira de madrugada, teve um impacto importante. Então podemos imaginar uma quantidade de pessoas que eram votos brancos e votos nulos começando a se definir, e existe aquele tempo de maturação, viram o debate, começam a conversar com amigos e familiares, colegas e vira assim. aquele processo de definição, o número de indeciso começa a mudar a intenção de voto de Marina Silva para Aécio, acaba tendo esse impacto e esse candidato pro-empresarial foi capturado pela pesquisa, pois a pesquisa é o retrato do momento.
Tyrone Andrade de Mello
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