segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

A Energia Masculina: Mito Viril e Ideais Fascistas



A ideia de uma "energia masculina" como algo intrinsecamente positivo, mas ao mesmo tempo agressivo e séria por natureza, carrega em si características que podem ser associadas a discursos fascistas. Essa visão promove a crença de que existiu, em algum momento, uma masculinidade "verdadeira", um ideal utópico que deve ser resgatado.

Essa narrativa não só surpreende como também pode desorientar pessoas, ao sugerir que uma suposta masculinidade "autêntica" é a base necessária para mudar a sociedade. No entanto, ao se basear em uma construção mítica, esse discurso ignora as complexidades e diversidades das experiências humanas, além de reforçar estereótipos opressivos.

A ideia de uma masculinidade idealizada pode ser perigosa porque propaga modelos de comportamento rígidos e excludentes. É uma perspectiva que visa homogeneizar, ignorando as transformações e adaptações naturais das relações humanas ao longo da história. Mais do que isso, ela assume um tom nostálgico e conservador que busca resistir às mudanças sociais em curso, tentando impor um retorno ao passado, em vez de fomentar diálogos sobre o presente e o futuro.

Desconstruir essa noção é essencial para uma sociedade mais igualitária, que valorize não apenas as diferenças de gênero, mas também a liberdade de cada indivíduo de se expressar e existir fora das amarras de ideais limitantes.

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Crédito

Sou formado em História e em Geografia, com a conclusão do curso de Geografia em 2018. Minha trajetória docente começou em 2002, quando fui chamado pela Secretaria de Educação para atuar como contratado na rede estadual, lecionando em cursos pré-vestibulares. Em 2005, fui aprovado em concurso público, mas, apesar disso, permaneci com contrato. Desde então, atuei em diversas disciplinas, mas atualmente minha atuação está focada em Geografia, no Ensino Fundamental.