A Taxa Bruta de Natalidade conceitua-se pelo número de nascimentos de
crianças vivas a cada mil habitantes em uma população num determinado
espaço geográfico no ano de estudo. Em geral, expressa a intensidade com
a qual a natalidade atua sobre uma determinada população de uma região.
O Ministério da Saúde coloca como limitações a subenumeração do número
de nascidos vivos frequentes em áreas menos desenvolvidas,
possibilitando correções. Esta subenumeração pode estar relacionada a
própria cultura da região em obter formas paralelas de registros e ou
atitudes fora dos padrões impostos pelos sistemas de saúde ou na
dificuldade da descentralização do sistema de informação.
Dentre seu uso estão as finalidades de :
- Analisar variações geográficas e temporais da natalidade.
- Possibilitar o cálculo do crescimento vegetativo ou natural da população, subtraindo-se, da taxa bruta de natalidade, a taxa bruta de mortalidade.
- Contribuir para estimar o componente migratório da variação demográfica, correlacionando-se o crescimento vegetativo com o crescimento total da população.
- Subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas públicas relativas à atenção materno-infantil.
Na coleção de mapas acima, observa-se a decrescência da taxa nas regiões brasileiras. Há a caracterização das diferenças regionais, sendo as mais elevadas taxas de natalidade na região Norte e Nordeste e nas regiões Sul e Sudeste as mais reduzidas.
Nota-se no ano de 2010 até 22,48 nascimentos para cada mil habitantes em
praticamente todos os estados, exceto no Acre, Amapá, Amazonas e
Roraima (até 26,25 nascimentos por mil habitantes). Em comparação à
1991, nota-se o máximo de até 37,57 nascimentos a cada mil habitantes em
Acre, Amapá e Roraima.
O número de nascimentos é utilizado em vários indicadores de saúde no
país (cobertura vacinal, taxa de fecundidade, taxa de mortalidade
infantil, etc). Os conceitos atuais baseiam-se em análises
quantitativas, que vinculam-se a regras matemáticas para satisfazer os
cálculos e fomentar os planejamentos na esfera pública de criação de
políticas.
Com a queda de taxa de natalidade, os indicadores tendem a se subestimar
ou superestimar, ou seja, trata-se de uma proporção matemática onde, se
há perceptivas alterações no numerador (dos indicadores de saúde) há
uma elevada tendência ou significativa redução na análise daquele evento
de saúde e o pesquisador ou analista devem estar atentos a estas
análises. A Taxa Bruta de Natalidade contribui para a compreensão deste
viés.
Bibliografia consultada
BRASIL.
Ministério da Saúde. Datasus: Indicadores de Saúde : Disponível em:
<www.datasus.gov.br/tabnet/tabnet.htm>. Acesso em: 12 fev. 2013.
REDE
Interagencial de Informação para a Saúde Indicadores básicos para a
saúde no Brasil: conceitos e aplicações / Rede Interagencial de
Informação para a Saúde - Ripsa. – 2. ed. – Brasília: Organização
Pan-Americana da Saúde, 2008. 349 p.: il.
Fonte: Geografando In. listageografia-grupo Yahoo, em 2/24/2013.
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